oncologia

Cancro da próstata

Exames associados:
PSA
Ressonância magnética da próstata
Biópsia da próstata

Como todos os cancros, é uma proliferação anormal de células, que assim adquirem a capacidade de se multiplicar descontroladamente, invadir os tecidos adjacentes e disseminar-se à distância (formar metástases). No caso da próstata (CaP), o risco de tal acontecer aumenta sobretudo a partir dos 45-50 anos, embora a idade média de diagnóstico seja 65 anos.

O CaP é o tumor maligno mais frequente nos homens do mundo ocidental, e aí constitui a segunda causa de morte oncológica. Em Portugal, todos os anos se diagnosticam cerca de 6000 novos cancros da próstata, doença que é responsável por cerca 1700-1800 mortes/ano.

Nos últimos anos, têm-se identificado fatores genéticos e fatores do meio ambiente que influenciam o risco de desenvolver CaP, bem como o risco de desenvolver CaP de maior agressividade. São eles o grupo racial e étnico afro-americano, a idade (a incidência de CaP aumenta com a idade e a genética. Homens com familiares em primeiro grau com antecedentes de cancro da próstata ou da mama têm um maior risco, nomeadamente os que são portadores da mutação do gene BRCA1 e BRCA2.

Na maior parte das vezes, o CaP não dá quaisquer sintomas. Assim, quando a doença está localizada à próstata, a única forma de diagnostica a doença é através do chamado “diagnóstico precoce”. Por diagnóstico precoce entende-se a pesquisa periódica (ex. 1 vez/ano) de indícios da presença do CaP, nomeadamente elevação do PSA (Antigénio Específico da Próstata) e alterações do toque rectal.
Habitualmente, quando o cancro da próstata provoca sintomas (ex: jacto urinário fraco, aumento da frequência urinária, sangue na urina, , incontinência urinária ou fecal, dor óssea, perda de força nas pernas) a doença já está avançada e o a probabilidade de se conseguir um tratamento curativo é mais baixa. 

Deve informar-se com o seu médico de família ou urologista quanto às vantagens e desvantagens de fazer um programa de diagnóstico precoce de cancro da próstata. As principais vantagens são a possibilidade de diagnosticar a  doença numa fase inicial, momento em que ainda é possível um tratamento eficaz com intenção curativa. O diagnóstico precoce está associado a menor mortalidade por CaP e menor incidência de doença avançada. Contudo, também existem alguns riscos, como os riscos dos exames associados e a possibilidade de diagnosticar e tratar cancros da próstata que não teriam significado clínico, e que não iriam evoluir durante a vida do doente.

  • Para diagnóstico precoce (exames periódicos): análise sanguínea do PSA e observação clínica (toque rectal)
  • Para confirmação de diagnóstico: no caso de haver uma suspeita clínica de CaP, o seu urologista poderá solicitar uma Ressonância Magnética Multiparamétrica da Próstata (RMmp), ou então fazer imediatamente uma biópsia da próstata. No caso de realizar uma RMmp, e esta indicar a presença de uma área suspeita, poderá estar indicada uma Biópsia Prostática de Fusão.
  • Para estadiamento e seguimento: para avaliar o estádio da doença, exames como cintigrama ósseo de corpo inteiro ou a TAC são fundamentais. Em casos específicos, poderá ser necessário realizar uma PET-PSMA, que é um exame de Medicina Nuclear mais sensível e sofisticado.

O CaP é uma doença que tem diversas modalidades de tratamento, o qual deve ser individualizado, em função de diversos factores. Os principais elementos a ter em conta são o grau e estádio do tumor, a idade e comorbilidades do doente, e  a suas expectativas e preferências.
Os  tratamentos a considerar são (clique para saber mais):

Até à data, não foi solidamente demonstrada de forma científica que exista uma forma de prevenção do cancro da próstata. Pelas suas vantagens inequívocas em muitas outras doenças, deve optar por uma alimentação saudável, exercício físico regular e evitar o tabaco.